Artigo de Silvia Malamud
Ampliando e respondendo inúmeras questões relacionadas ao alerta dado em relação ao tema referente a criar realidades, penso ser prioritário ampliar este conceito com a finalidade de facilitar e aprimorar a realização dos intentos versus desejos.
Buscarei abrir um espaço simplificado e eficiente para facilitar aqueles que estão rumando na conquista de si mesmos, buscando criar as suas próprias realidades de modo lúcido.
Atentem que quando começamos a criar realidades deliberadamente e de modo consciente, o universo se encarrega de nos trazer todos os leques de variáveis contidos em nossos desejos e crenças. A princípio, quando ainda não estamos otimizados nesta mudança de padrão escolhida, parece que os nossos desejos vêm carregados de um pacote “cósmico” de crenças e imagens subliminares. Ou seja, os nossos assuntos subliminares, juntamente com os temas que nos movimentam de modo claro, sempre irão se materializar de modo simultâneo. A questão é que como estamos apenas focados num único vetor de conquista, acabamos por achar que os supostos leques de variações sobre o tema, que frequentemente nos aparecem, em nada contam. De acordo com a física quântica, as situações de vida aparecem quando elas saem do estado de onda e colapsam na matéria, mas para que isto ocorra é necessário que o observador faça a sua escolha.
Muito bem… vamos exemplificar para ficar mais claro: supomos que uma pessoa deseje criar uma realidade na qual ela seja promovida no setor onde trabalha e surpreendentemente perceba que, na mesma semana em que faz os seus exercícios, duas novas pessoas são promovidas e começam a trabalhar com ela…
Se neste momento a pessoa que está fazendo os exercícios olhar a situação como se apresenta – como um fracasso das suas intenções, achando que a promoção só acontece com os outros, por exemplo -, na certa perderá a oportunidade de ganhar, observando que as duas pessoas podem representar para ela uma espécie de simulação num ambiente novo que ela pode ocupar em um outro lugar da empresa. Seria como se a consciência treinasse um leque de variáveis até que ela mesma superasse, pelo seu desejo de conquista, os receios que podem ocorrer numa mudança abrupta de contexto existencial.
Este exemplo aparentemente pode parecer ingênuo e até bobo, mas você o pode usar para todas as áreas de criação. Queiramos ou não, estamos exatamente no nosso passo-a-passo e só teremos como materialização da criação deliberada de realidade aquilo que podermos suportar no momento. E por melhor que nos possa parecer uma meta, teremos que vivenciar o caminho para que a conquista ocorra do melhor modo desejado.
A minha orientação é a de que perceba de modo extremamente leve o leque de variáveis que a sua consciência está criando, pois, além de ser um divertimento percebê-lo, acaba nos retroalimentando para que possamos almejar com maior clareza o que desejamos. Perceba como que seus desejos estão dando certo. Atente que se você pegar pesado nas suas conquistas de momento, que apenas se assemelham com os seus intentos desejosos, você acabará lacrando portas para que a continuação do processo ocorra pelo prazer e com total eficiência. Isto porque você fica no aspecto negativo da observação e pior, em vez de se potencializar, na certeza de que já está criando na correta direção, você tenciona pelo aspecto negativo atraindo para si mesmo mais e mais situações negativas, muitas vezes se afundando derrotado no oposto do que você desejava a princípio.
Quanto mais você olha e concebe o que criou como negativo, mais a sua criação obedece encaminhando-se para este tipo de rumo. É a lei. A chave está em você: vivenciar todo o processo de modo lúdico, permanecendo ao mesmo tempo focado e atento. Ao perceber a manifestação das variáveis, faça os exercícios propostos no texto: “Dicas para se estar totalmente lúcido”.
Silvia Malamud – pubblicado originalmente em www.editoragente.com.br
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